Nem Bela, nem Fera...

Povo de Sucupira! Cá estou de volta, após uma breve pausa no blog pra dar conta de coisas de maior importância (afinal de contas, estamos nesse mundo pra trabalhar não é mesmo?). E voltando ao comando desta canoa furada, começemos com esta pérola: Uma versão tailandesa  em CG pra lá de trash do clássico animado da Disney "A Bela e a Fera".

"A Bela e a Fera" da tailandesa GM Toons

A versão clássica da Disney

 























 


O treco é tão ruim, mas tão ruim que acredito que expelir um cálculo renal deva ser mais divertido.  






Duvida? Então assista a desgraça:
 


Lembrando que falta de criatividade desta joça resulta em comédia visual.A porcaria do ogro de chifres listrados tem os cornos do Simba (O Rei Leão). Santo Deus!

Preciso dizer mais?

E com isso aprendemos que há coisas que conseguem ser tão medíocres quanto as produções feitas pela Vídeo Brinquedos. Ah, não sabe o que é? Não se preocupem. Não está perdendo grandes coisas, acredite. Porém, um dia desses comento um pouco mais sobre esta aberração.

 ...Skadoosh!

VAI UM QUINDIM AÍ ?

Uma pausa na programação para divulgar o curta-metragem Quindins, feito pelo meu grande amigo David Mussel e sua amiga,Guiuliana Danza.

Quindins conta a história de Quiléia, uma senhora viciada no doce que intitula o filme.  

Buscando um meio de salvar seu marido de uma doença terminal, a idosa faz uma promessa a Santo Antônio de Pádua abrindo mão assim de sua deliciosa guloseima. Porém, uma revelação bombástica muda tudo.

David e Guiuliana são formados em Cinema de Animação pela Escola de Belas Artes da UFMG. A animação que mistura técnicas de stop-motion e animação tradicional (lápis e papel),levou cerca de 3 anos para ser finalizado. Quindins já está em cartaz em alguns festivais, mas agora podemos dar uma conferida também por aqui. Então pega a pipoca e "bora" conferir: 


Quindins from David Mussel on Vimeo.


Essa foi pra você, lorpa maldito! :)


Skadoosh!

Em ritmo de BLU

Rio desperta interesse na recuperação da Ararinha-Azul.

 

Rio, animação da Bluesky dirigido pelo carioca Carlos Saldanha, sucesso mundial de bilheteria (cerca de US$ 3 milhões até o momento) à ponto de fazer a excelente Pixar cancelar um de seus projetos por semelhanças, foi muito bem recebido pelo público aqui no Brasil, apesar de algumas críticas azedas –  geralmente nutridas por ufanismos acéfalos, ou picuinhas regionalistas (afinal muitos têm uma dor-de-cotovelo histórica com o Rio de Janeiro). Discorda disso? Pouco me importa.

Infelizmente o drama vivido pela tímida Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) de Saldanha não é ficção: é uma das várias espécies ameaçadas de extinção por conta da caça e gradual degradação de seu habitat. 

Ararinha-Azul (Cyanopsitta spixii)

A simpática penosa azulada é natural do norte da Bahia, na região da caatinga (semi-árido), e reside na copa das caraibeiras e não na montanhosa Floresta da Tijuca como no filme que lhe deu projeção internacional (apesar de também existir outras espécies de araras por lá). 

No final da década de 1990, restando apenas um único exemplar livre na natureza (um macho já idoso), biólogos visaram manter a linhagem tentando dar uma parceira a velha ave (a fêmea era de cativeiro), porém sem sucesso. Poucos meses depois ela foi encontrada morta próxima a um cabo de alta tensão. Já a ararinha macho não foi mais vista no sertão desde meados de 2000.

Caraibeiras da região da caatinga ( região nordeste)

Entretanto, quando a coisa parecia feder de vez, eis que o longa animado ironicamente trouxe uma possível esperança a espécie.  O Governo Federal manifestou interesse na reintrodução de ararinhas-azuis aos céus nordestinos. E para isso conta com ajuda do maior criador particular de aves silvestres do planeta; um xeque do Qatar.

Sim, to falando daqueles almofadinhas caricatos de vestimentas àrabes que nadam em rios de petróleo, donos de palácios suntuosos à medida que o povo se f*de. Acontece que o distinto em questão, passou de colecionador exótico a defensor de espécies ameaçadas através de sua fundação, a Al Wabra Wildlife Preservation. 

E o xeque já se dispôs a doar algumas de suas aves ao Brasil. Inclusive comprou uma fazenda na Bahia para monitorá-las de perto (!!!). Apesar da ação ainda de ser vista com certo ceticismo por autoridades nacionais, todos concordam que sem a ajuda do milionário das arábias, Saud Bin Mohammed Bin Ali Al Thani, o futuro da ararinha-azul ia pro ralo.

É sério. Te dou uma caixinha de Bib Esfirra se você conseguir falar o nome desse camarada 3 vezes sem gaguejar!

Bom, resta apenas ficarmos na torcida para que uma das maiores mancadas que fizemos com a nossa fauna possa ser remediada a tempo. 

As Salam Aleik, meu caro Blu!

Skadoosh!

Se meu pinto falasse...

A Seagulls Fly como sempre não dorme no ponto. E não é por menos...
Recentemente, o renomado estúdio carioca de animação e design foi responsável pela animação da campanha da AIDES - esta uma organização francesa que dá suporte internacional aos soropositivos da Síndrome da imunodeficiência adquirida, ou AIDS. E o resultado disso tudo? A confecção do curta super bem humorado entitulado de Willy,The Tourist. 

A animação foi feita à partir do conceito "Você nunca sabe por onde andou" criado pela agência de publicidade norte-americana Goodby Silverstein & Partners. 




O interessante neste projeto foi trabalhar com um protagonista bem conhecido do universo cueca, mas sem pender para algo apelativo. Realmente uma ótima sacada (sem duplo sentido, por favor).

Confiram:

Willy, The Tourist from Seagulls Fly on Vimeo.

"Pirulito que bate-bate. Pirulito que já bateu..." :P

Skadoosh!

Barraco à Gaulesa!

Cocriador de Asterix é processado pela própria filha.

Por Tutatis! Depois de uma trégua, Albert Uderzo, desenhista e cocriador de Asterix (em parceria com o já falecido roteirista René Goiscinny), está envolvido em mais uma batalha judicial contra sua filha, Sylvie, pelos direitos da irredutível aldeia gaulesa.

Albert Uderzo

Já não é de hoje que a família abusa das poções mágicas no tribunal. No final da década de 1970, o desenhista fundou a editora Albert-René para  cuidar do setor de marketing dos quadrinhos do baixinho gaulês. 



Depois uma longa disputa com antiga editora (Dargaud), Albert e a herdeira de Goiscinny tornaram-se proprietários integrais de um patrimônio que hoje gera cerca de € 10 milhões (euros) por ano somente em publicações.

Claro que tanta grana envolvida acabou criando um arranca-rabo entre pai e filha. Em 2007, a Albert-René vendeu 40% de suas ações ao grupo Hachette.  E com isso, Sylvie acabou sendo afastada da direção da empresa por Urdezo e prontamente abriu um processo.  

 

















Ela alega que pessoas de má índole convenceram o artista a se afastar de seus familiares e estariam por trás de uma série de medidas polêmicas adotadas por ele, tais como permissão de novas publicações de Asterix após de sua morte (o oposto do que Uderzo sempre defendeu). Sylvie comentou também que tal influência tem feito seu pai gastar fortunas em propriedades suntuosas e até mesmo a compra de um caça Mirage.

Como assim um coroa de 84 anos compra um caça?!!!

 

Pra encerrar essa trama de Manoel Carlos: Uderzo culpa sua filha de ser cúmplice da ambição galopante de seu genro. Sylvie, porém, acabou ganhando a indenização por ter sido afastada da editora - o que é uma vitória pequena se comparado a pilha de processos dirigidos a seu pai. Todavia, o grupo Hachette hoje detém parte das ações assim como as principais funções administrativas. O próximo capítulo vai ao ar às 21h,depois do Jornal Nacional.

Pois é meus caros! Parece que o céu realmente está caindo sobre as cabeças dos Uderzo.  

E agora, Obelix?


Skadoosh!